1) OBSERVANDO IMAGEM
2) REFLETINDO SOBRE A IMAGEM
A que a imagem nos remete?
A escrita, a que nos remete?
Que relações são possíveis?
Resuma a imagem em uma palavra
Consulte o Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense clicando aqui e veja o trecho EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS dialogando com todos os componentes curriculares (p. 41-65).
O COTIDIANO IMAGÉTICO
O mundo contemporâneo vem apresentando diversas formas de imagens que se mostram presentes nas propagandas, na televisão e nas obras de arte, entre outros. O relacionamento imagético está presente na vida das crianças, adolescentes, jovens e adultos, pressupondo a possibilidade de estabelecer um diálogo imagem-sujeito. Considerando a diversidade no contexto social em que se vive, os sujeitos acabam, de alguma forma, sofrendo influências dessas imagens. As imagens vinculadas pela mídia por meio das propagandas, por exemplo, utilizam-se de vários artifícios para convencer o comprador sobre as qualidades do que deseja vender. Esse contato é diário, sejam por meio de outdoors ou televisão, folhetos entre outros.
Rossi (2003) contribui nessa reflexão ao destacar que o poder da imagem está presente, chamando de “civilização da imagem”, a era da visualidade, da cultura visual. Imagens espalhadas por todos os lados. As crianças aprendem desde muito pequenas a interagir com diversas imagens do seu cotidiano, presentes em diferentes espaços.
As imagens podem ser as mesmas, em vários espaços sociais, porém, o que vai determinar a leitura das crianças, dos adolescentes, dos jovens e adultos é seu contexto e suas experiências. Conforme destaca Pillar (2003, p. 16), “O nosso olhar não é ingênuo, ele está comprometido com nosso passado, com nossas experiências, com nossa época e lugar, com nossos referenciais.”
Considerando a intervenção da autora, é necessário identificar de quem é o olhar e como está estabelecido o comprometimento com o passado. Que passado é esse e quais as experiências ele nos reporta? Como essas experiências dialogam com o presente?
Observar é isso, ao mesmo tempo em que emerge a curiosidade, apresenta-se a preocupação em compreender o observado. A cada imagem observada muitas questões surgem, principalmente relacionadas ao feio e ao bonito, ao distorcido, ao reciclado, à ousadia, e à diversidade. As imagens, nos seus diferentes espaços, podem, ou não, provocar a curiosidade de quem as observa. Diante da diversidade das imagens, seja com a propaganda na TV, o jornal, a escultura, a pintura afinal, o que provoca nossas sensações? O que nosso olhar nos leva a observar?
Desta forma, imagem traz, em sua essência, uma provocação representada por diversas formas. Nesse sentido, a imagem que apresento nos permite reflexões e a partir dela, é possível provocar um grande debate.
Para finalizar, destaco as palavras de Dondis (1997, p.7):, em que o autor relata que “a experiência visual humana é fundamental no aprendizado para que possamos compreender o ambiente e reagir a ele; a informação visual é o mais antigo registro da história humana.” Dessa forma, é importante considerar a visualidade humana em sua plenitude, com possibilidades diversas apresentadas no contexto em que vivemos.
REFERÊNCIAS
DONDIS, Donis. A. Sintaxe da linguagem visual. Tradução: Jefferson Luiz Camargo. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino da arte. In: BARBOSA, Ana Mae (Org.). Som, gesto, forma e cor. 2. ed. - São Paulo: Cortez, 2003.
ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre, RS: Mediação, 2003.
Suzy de Castro Alves é Pedagoga, Professora, Mestre em Educação.
Acesse abaixo a atividade em PDF:
Comments